Ciclo de Palestras 2015

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Por que Gerenciar Riscos em seu Projeto?

O gerenciamento de riscos é uma das 10 áreas de conhecimento empregadas no gerenciamento de projetos de acordo com a 5ª edição do PMBoK. O objetivo do gerenciamento de riscos em um projeto é tratar dos eventos incertos que possam afetar, positivamente ou negativamente, aos objetivos do projeto, também conhecidos como a tripla restrição de prazo, custo e escopo.

Os processos do gerenciamento de projetos ligados à gestão de riscos são: planejar o gerenciamento de riscos, realizar análise qualitativa e quantitativa de riscos e, por último, monitorar e controlar riscos.


Ás vezes, a falta de experiência ou o excesso de confiança nos faz negligenciar o gerenciamento de riscos. É obvio que, em projetos que duram meses ou anos, provavelmente, não conseguiremos prever todas as adversidades que poderão cruzar nossos caminhos e nem as oportunidades que se forem perdidas deixarão de beneficiar nossos resultados.

Perceba que mesmo em projetos pequenos como uma obra no banheiro ou uma viagem de excursão de feriado, nem tudo sai como planejado. Logo, o gerenciamento de riscos em projetos relevantes (ou estratégicos) é mais que uma boa prática, é essencial.

Existem algumas coisas que não podemos esquecer sobre o gerenciamento de riscos em nossos projetos:

  • Quando desenvolvemos o escopo do projeto já precisamos avaliar os riscos e o patrocinador precisa conhecê-los e aceitá-los. Imagine uma tecnologia de última geração com resultados muito positivos, mas que nunca foi utilizada pela sua equipe. É uma boa opção adotá-la?
  • A análise qualitativa dos riscos deve sempre ser moderada por alguém que não pertença a sua equipe de projeto para não influenciar nos resultados. Esse facilitador deve apenas traduzir as necessidades e alertas da equipe de projetos em um relatório transparente e uma lista de riscos adequadamente ranqueada. Utilize, de preferência, um especialista.
  • A análise quantitativa de riscos de prazo e custo, realizada por especialistas através de simulações de Monte Carlo, somente deverá ser utilizada no caso de projetos valiosos onde o esforço e o custo da utilização da técnica compense.
  • As ações de tratamento de riscos devem estar ligadas a estratégias pré-estabelecidas para cada risco, como por exemplo, mitigar (reduzir probabilidade ou impacto do risco), eliminar (através da mudança do projeto ou método), transferir (através de seguro), isso só falando das ameaças. Cada risco só poderá estar ligado a uma estratégia de tratamento mas poderá ter diversas ações.
  • O gerente de risco não é o responsável pela realização de todas as ações de tratamento, cada ação deve estar ligada a apenas uma pessoa e não a um setor ou departamento para que não caia no esquecimento.
Mas atenção, não adianta despender esforços em uma tentativa de gerenciar eficientemente os riscos de um projeto cujo planejamento não foi amadurecido suficiente. Sem uma boa EAP e/ou um cronograma coerente todo esforço de gerenciar riscos será em vão.

Gerencie seus riscos e alcance seus objetivos!

Postado por:
Bruno Lucena, professor e especialista em gerenciamento de riscos em projetos e programas.

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